Gabriel vai a júri popular hoje acusado de matar a mãe, cortou a cabeça, arrancou os olhos, atirou no mar e a sepultou na praia

Vai a júri popular na tarde desta quarta-feira, 12, no Fórum de Piúma, o filho que matou a mãe estrangulada, cortou a cabeça, arrancou os olhos e atirou no mar, em agosto e 2015. O caso repercutiu muito na época dos fatos pelos requintes de crueldade, monstruosidade e dissimulação.

O acadêmico em Educação Física e lutador profissional de MMA, Gabriel Moraes Moreira confessou ter matado a mãe, Eliana Santana Moraes Moreira, 51 anos. Ele residia na Cidade das Conchas, depois de ter assassinado covardemente a mãe, ele ocultou o cadáver e na Praia da Maria Neném a sepultou em uma cova rasa.

O delegado responsável pela investigação, Geraldo Peçanha, quem estava à frente da Delegacia da Polícia Civil – PC em Piúma falou com exclusividade a Reportagem, disse que a investigação foi difícil, mas com menos de 25 dias chegou a autoria do crime, graças ao trabalho dos policiais e da perícia técnica que foi fundamental. “O caso foi muito bem elucidado, em todo meu tempo de polícia este foi o mais violento que trabalhei, foi praticado contra a própria mãe, ele a estrangulou, cortou a cabeça, arrancou os olhos, atirou no mar e sepultou o corpo na areia da praia”, relembrou o delegado que hoje está à frente da Delegacia de Domingos Martins.

Segundo o delegado responsável pela investigação elucidar o crime foi muito difícil por ter ocorrido no seio da família, entre quatro paredes, a perícia técnica foi fundamental no recolhimento de provas, um verdadeiro quebra-cabeça, a PC com a investigação e a Perícia Técnica com as provas técnicas, juntamos tudo e conseguimos em 25 dias chegar a autoria”, frisou Peçanha.

Na época do crime ventilaram a possibilidade de Gabriel ser esquizofrênico e inimputável, mas o delegado assegura que derrubou esta possibilidade com os detalhes com que foi cometido. “Ele planejou, fez a cova, ocultou o cadáver e provas, continuou frequentando a faculdade como se nada tivesse feito, ele ia a delegacia em busca de informações sobre o sumiço da mãe que ele tinha matado e enterrado, tentou a todo custo dissimular. Ele só confessou depois que foi preso”, salientou Peçanha.

O delegado disse que o pai de Gabriel não pareceu ficar surpreso com o crime cometido pelo filho. “Chegou um determinado momento da investigação que nós orientamos o pai a se vigiar mais, inclusive a não dormir no mesmo local que o filho, e se estivesse na mesma casa, que fechasse a porta do quarto, porque Gabriel poderia cometer o mesmo crime contra ele, já que tinha matado a mãe com aqueles requintes de crueldade”, disse.

 

O crime

 

No dia 29 de agosto Eliana fora vista pela última vez com Gabriel em uma pizzaria. Na segunda-feira, 31/08 como ela não aparecia o marido foi à delegacia e fez um Boletim de Ocorrência – BO informando o desaparecimento de Eliana. A partir de então, a investigação da Polícia Civil – PC foi iniciada, sob o comando do delgado. Eliana Santana Moraes Moreira, 51 anos, natural de Vitória veio residir em Piúma, no bairro Acabaça para acompanhar Gabriel que fora internado na Clínica Nova Aliança. Ele afirma que é viciado em maconha.

O motivo da barbaridade? Eliana advertia o filho e não queria que ele continuasse usando drogas. Ela chegou a fundar em Piúma, ao lado de uma psicóloga e o padre da Paróquia a Casa Reviver.  Tranquila e amável Eliana tinha o sonho de tirar o filho da dependência e ajudar outras famílias, mas acabou sendo morta, tendo a cabeça decapitada e os olhos arrancados e jogados no mar.

O pai de Gabriel falou nos corredores da delegacia que o filho era agressivo, mas que sofria de esquizofrenia, embora não tivesse nenhum laudo que comprovasse a doença na época.

A advogada do lutador disse que Gabriel sofrera um acidente há cerca de seis anos e teria levado 11 pontos na cabeça e desde então não falava coisas com coisas, afirmou que o rapaz é esquizofrênico.

O assassinato de Eliana deixa a população chocada, o rapaz demonstrou frieza e monstruosidade. Limpou o local do crime, deixou o sangue desaparecer, enrolou o corpo em um edredom e enterrou junto com a cabeça que levou até o local dentro de um balde, abriu à cova sozinho com uma pá, um metro meio de profundidade, voltou para casa como se nada tivesse ocorrido.

Hoje Gabriel será julgado no Fórum de Piúma por ter assassinado a mãe.

 

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