Escola Itaputanga pode ter contrato suspenso

Depois de mais de um ano e meio de começada, a obra que tinha prazo previsto para ser realizada em 240 dias, está com a frente inacabada e pelo que tudo indica o contrato poderá ser suspenso pela Prefeitura de Piúma

A obra de reforma da Escola Municipal Itaputanga, em Piúma pode ser parada de vez e a Prefeitura pode rescindir o contrato com a empresa Factor Construtora a qualquer momento. Desde que começou no final de 2016, a obra vem gerando diversos problemas ao município.

É fato que o projeto para sua construção foi feito em tempo recorde e na época, próximo a campanha política, os gestores podem ter deixado passar alguns problemas que atualmente não estão sendo resolvidos, com isso a comunidade acaba sofrendo.

A parte da frente da escola não fora concluída e os tapumes foram se deteriorando com o tempo, os materiais estão expostos colocando em risco a vida dos alunos. Além disso, a empresa responsável pela reforma da escola não consegue terminar a obra porque é necessário incluir outros serviços que não contam na planilha do projeto inicial. A título de exemplo, a quadra da escola, no projeto contemplam apenas o piso e algumas paredes, sendo que é necessária uma reforma geral.

A Prefeitura não tem como pagar por algo que não está no contrato assinado entre ambos. A empresa pede aditivos que se aproximam de 400 mil reais, o valor inicial do projeto era de pouco mais de 1.600 milhões, porém, com os descontos oferecidos pela Factor a obra caiu para pouco mais de 1.130 milhões.

Procurada pela Reportagem do Jornal, a secretária de Educação de Piúma, Isabel Fernanda Scherrer disse que não ver outra solução a não ser abrir um inquérito administrativo e averiguar todo o contrato e os problemas gerados. Oportunamente, Fernanda disse que a Prefeitura cumpriu com o compromisso dela, pagando as parcelas, cada vez que a empreiteira entregava parte do serviço. Assegurou que não pode pagar por algo que não foi contratado, contudo abriu um processo de compras de tapumes para isolar toda a área da frente, até o posicionamento do Ministério Público – MP em relação ao contrato e a empresa.

“A prefeitura inicialmente vai trocar os tapumes, fechar o máximo que puder fechar, vamos abrir um inquérito administrativo para averiguar se há irregularidades no contrato, na licitação. Se houver alguma irregularidade constatada vamos cancelar o contrato e abrir um novo processo de licitação”, frisou.

A reportagem esteve na escola na noite desta segunda-feira, 05 para ver como estão as salas de aula, a parte interna da escola já está pronta, refeitório, banheiros, salas de aula, corredor, sala de informática, sala dos professores. Nada impede que as aulas continuem ocorrendo, na parte de fora e na quadra a obra está parada.

A reportagem entrou em contato com o empresário responsável pela obra, mas ele não atendeu as ligações. O jornal deixa o espaço em aberto para que ele apresente a sua versão para os fatos narrados.

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