Confusão, gritaria, xingamento na 1ª sessão na Câmara de Itapemirim, Mariel saiu vaiado

Mariel Delfino Amaro abriu a sessão ordinária desta noite de terça-feira e não conseguiu encerrar, o vice-presidente assumiu os trabalhos e também não conseguiu, por pouco não apanhou, saiu vaiado, são 10 vereadores querendo a cabeça dele. Deu BO e polícia

Nunca se viu na história de Itapemirim uma cena tão feia no Legislativo. Aliás, de vez em quando, rola um barraco na Casa de Leis, por lá, os ânimos esquentam sempre. Nesta terça, 05, por muito pouco não saiu porrada, empurrões ou até mesmo um tiro.  O presidente da Câmara, Mariel Delfino Amaro na condução de sua primeira sessão ordinária, no Plenário João Batista Ferreira saiu vaiado após tentar calar os vereadores, cortado todos os microfones, impedindo que os edis se manifestassem em relação ao projeto em debate, a regulamentação do quadro funcional da Câmara.

De acordo com informações extraoficiais, Mariel, no projeto de regulamentação cortava salários, preferindo demitir os servidores com subsídios menores, do que cortar dos grandes, com privilégios e apadrinhados por ele mesmo, a exemplo, o procurador geral e efetivo que acumula o salário em torno de R$8 mil, mais 40% desse valor, mais R$18 mil de salário de procurador geral, chegando a aproximadamente R$ 30 mil somando todos encargos.

Além do procurador, homem de extrema confiança do presidente, Mariel ainda mantém em seu gabinete seis assistentes com salários de R$2.700, mais R$1 mil em tíquete, três assessores especiais com salários de R$6 mil, mais R$1 mil de tíquete e mais um chefe de gabinete da presidência com salário de R$7 mil e R$ 1mil de tíquete, ou seja, ele comprou uma briga com os pares exonerando os cargos de gabinete, tendo vereador que ficou com apenas um assessor, o que antes eram 4.

Convém ressaltar que a Mesa Diretora, ainda possui os cargos de confiança: seis de gerência com salário de R$7 mil, diretor geral salário de R$8 mil e quatro sub gerência com salário de R$5 mil, acoplado ainda a R$1 mil em tíquete alimentação. Somente o presidente tem esses privilégios, todos são indicados por ele mesmo que nomeia e exonera a seu bel prazer, segundo o informante que pediu anonimato.

Indignado com a postura do presidente da Câmara de Itapemirim, o vereador Leonardo Fraga Arantes protocolizou um pedido de desligamento de Mariel por ele desrespeitar a lei. “Eu protocolei um pedido de desligamento de Mariel do cargo de presidente porque ele infringiu a Lei administrativa que é clara, só pode pagar servidor comissionado com tíquete, só o efetivo deve receber em pecunha… O comissionado não. E o presidente por sua livre espontânea vontade sem consultar a Mesa diretora e aos pares emitiu pagamento em dinheiro vivo os servidores comissionados”, disse.

De acordo com o documento assinado por Patinho, Mariel não tem capacidade intelectual para conduzir uma sessão, na verdade quem controla o presidente é o procurador, segundo consta no pedido de desligamento de Mariel feito pelo vereador Leonardo Arantes.

Gabinete fechado, assessores exonerados

Em retaliação a denuncia do vereador Patinho, Mariel exonerou todos os seus assessores de gabinetes, com isso inviabilizou completamente o trabalho do vereador. O gabinete se encontra fechado hoje por falta de material humano.

Ainda segundo informações extraoficiais, o presidente ameaçou exonerar todos os servidores dos 10 vereadores que se opõem contra ele.

A sessão terminou, os vereadores e o público presente falavam ao mesmo tempo, gritos e xingamentos, uma total bagunça na Casa de Leis que deveria representar os interesses da população itapemirinense.

A Reportagem entrou em contato com o presidente da Câmara através do WhatsApp, fez diversos questionamentos. Mariel ressaltou que agiu dentro da lei e fez uma economia de R$2.5 milhões na Casa.   “Tudo que fiz foi dentro da lei. Tivemos uma redução de 2 ,5 milhões. Aonde vou tirar esse dinheiro pra fechar a folha de pagamento, só meus exonerei 14 pessoas “, disse.

Fotos: Jose Rubens Brumana

 

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