Caso Thayná: Indignada, senadora Rose condena violência contra as mulheres

Indignada com o sequestro da menina Thayná Andressa de Jesus Prado, de 12 anos, no último dia 17 de outubro, em Viana, na Grande Vitória, a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) condenou os altos índices de violência contra as mulheres no Estado e no país. Vice-presidente da Comissão Mista de Combate à Violência Contra a Mulher no Congresso Nacional, a parlamentar fez discurso emocionado no Plenário do Senado, nesta terça-feira (7), e cobrou rigor na fiscalização sobre os recursos públicos destinados à Segurança Pública dos Estados.

“Nós [Espírito Santo] somos um dos Estados mais violentos do Brasil. E aonde se pega uma menina à luz do dia, com a placa sendo filmada, com o cidadão reconhecido com o nome, cpf, carteira de identidade. E não se consegue, 22 dias depois, responder à dona Clemilda [mãe da adolescente] onde está Thayná. Que isso sirva para que a gente possa ser fiscalizador dos recursos que são aplicados na Segurança Pública. Na hora de tamanha dor [ a Segurança Pública] não serve à população ou uma simples mãe que procura a sua filha há 22 dias”, observou a senadora.

Rose exigiu agilidade nas investigações sobre o sequestro da adolescente. “Vimos uma manchete em que o secretário de Segurança pedia calma. Calma? Calma a quem perde a sua filha e não sabe nem por onde procurar? Calma porque os recursos públicos não são suficientes para se adotar eficiência na procura de uma filha que desaparece com filmagens que a mãe foi procurar? Filmagens que a mãe ofereceu à Polícia como subsídio para tentar encontrar a sua filha?”, questionou.

A parlamentar afirmou sentir-se “impotente” diante da gravidade do fato por “nada poder fazer para devolver a essa mãe essa criança”. “Sinto impotência! Impotência como mulher, impotência como cidadã, impotência como capixaba, impotência como senadora. Nada posso fazer para devolver a essa mãe essa criança. Mas eu quero pedir que meu Estado se some para responder esse absurdo dessa violência que aconteceu no Espírito Santo”, pontuou.

Rose pede esforço ao Governo para evitar que mais um caso manche a história do Espírito Santo. “O que eu tenho a pedir, que todo o esforço que o Governo [Estadual] possa fazer para oferecer livro sobre a história do Espírito Santo; para registrar na biografia os inúmeros fatos que uma administração pública possa fazer; que registre na história pública de qualquer cidadão. Secretário ou Governador, parlamentar ou cidadão comum, delegado ou um simples policial registrem: ´eu ajudei a recuperar uma filha para a família dela, sobretudo, para a sua mãe´”.

Para a senadora, é impossível dimensionar tamanho do sofrimento da família. “Eu não me imagino – e sou mãe e avó – o quão insuportável é a dor dessa mãe. O quão é doloroso pensar na indiferença, na indisciplina das ações daqueles que deveriam se preocupar com a questão de segurança da sociedade. Uma nação se compõe de todos nós e como é difícil vir aqui no Senado Federal dizer que não há um mecanismo que você possa, como cidadã e representante pública, usar para ajudar uma mãe dessa no auge do seu desespero”.

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