A ESCOLA É O MEU PARTIDO

 

Deu Crônica

Há alguns anos, a diretora da escola onde estudei o ensino fundamental pediu para que um aluno se retirasse da sala de aula porque ele não poderia ouvir o que ela pretendia falar. É claro que a gestora inventou uma história pra ele, dizendo que alguém o chamava na secretaria ou coordenação, não me lembro ao certo, mas que era uma desculpa para conversar com os discentes que determinado aluno estava passando por um momento difícil, devido à separação dos pais, e que era para todos serem solidários com a situação e ajudá-lo a se sentir melhor.

Grande foi o papel dessa diretora ao se sensibilizar com esse caso que presenciei e com tantos outros contados por diversos alunos e profissionais que trabalharam com ela. Tenho certeza de que esse ocorrido pesou em minha vida no momento em que decidi ser professora e também pela experiência de trocar conhecimentos com os alunos e por essa capacidade que a escola tem de cuidar das pessoas e demonstrar amor, carinho, atenção e, sobretudo, formar um cidadão melhor para a sociedade.

O meu trabalho, enquanto professora, vai além dos conteúdos do livro didático, pois tal qual a diretora que se preocupou com a separação dos pais daquele aluno e que por esse motivo familiar ele poderia não ir tão bem nos estudos, batalhamos sempre pelo ser humano, já que o principal foco da escola é o estudante e sua formação, não a parede, o pincel, o quadro…

Assim, tenho certeza de que para a construção desse cidadão que poderá ver além do horizonte, será preciso que a argumentação esteja sempre presente nas aulas que circundam o espaço escolar. Ensinar conteúdos “friamente”, diminuirá nossa capacidade de empatia, pois acredito que cada um tem uma história pra contar e vamos entrelaçando às nossas para que o aprendizado aconteça e nos faça crescer enquanto gente.

Houve uma aula de Língua Portuguesa que, quando fui abordar a obra “O Cortiço”, de Aluísio Azevedo, foi preciso abrir espaço para o aluno falar sobre os temas abordados nela que, aliás, são vários: sexo, homossexualidade, rico, pobre, escravidão, e tantos outros, que a aula rendeu. Não me lembro de, depois dessa aula, os alunos terem feito sexo “adoidado” ou “virado” homossexuais. Pelo contrário, uma aluna desabafou no particular, pois queria que a mãe conversasse com ela sobre sexo, visto que sua família poderia tirar suas dúvidas, sobre esse assunto que ainda é tabu, com mais responsabilidade.

Penso que devemos refletir muito em relação ao que desejamos. O mundo sem crítica, sem a diversidade de pensamentos, ficará sem cor, sem vida, bem propício para quem está no poder nos usar como fantoches para um espetáculo que só eles têm direito às glórias e nós, o povo, ficaremos com o trabalho braçal, feito burro de carga, com direito ao cabresto. Ou será que a família dará conta de tantas lacunas que nossas crianças e jovens têm pra preencher?

Há tantas coisas para serem resolvidas na Educação… Em tempos de internet, criar uma escola com tarja preta será regredir e dar escape para que o jovem procure pessoas não capacitadas para assuntos polêmicos e assim optar por resolver tudo escondido. Sim, entendo que cada idade tem suas especificidades no que diz respeito ao aprendizado, porém, o que não pode acontecer é fabricar uma lei que torne o professor incapaz de trabalhar o cidadão para ser crítico. Caso contrário, teremos que ver o caos na escola e não poderemos nos manifestar, pois a família deverá abraçar todas as ideologias e dar conta de tantos problemas que serão proibidos para a escola.

Porém, é preciso lembrar que o partido da minha escola não tem mordaça, mas tem amor.

 LI E GOSTEI

A incrível história, baseada em fatos, de um amor que os cruéis muros de Auschwitz não foram capazes de impedir. Nesse romance histórico, um testemunho da coragem daqueles que ousaram enfrentar o sistema da Alemanha nazista, o leitor será conduzido pelos horrores vividos dentro dos campos de concentração nazistas e verá que o amor não pode ser limitado por muros e cercas. Nesse ambiente, feito para destruir tudo o que tocasse, Lale e Gita viveram um amor proibido, permitindo-se viver mesmo sabendo que a morte era iminente. Fonte: Livraria Cultura

 

ASSISTI E GOSTEI

Freddie Mercury (Rami Malek) e seus companheiros Brian May (Gwilyn Lee), Roger Taylor (Ben Hardy) e John Deacon (Joseph Mazzello) mudam o mundo da música para sempre ao formar a banda Queen, durante a década de 1970. Porém, quando o estilo de vida extravagante de Mercury começa a sair do controle, a banda tem que enfrentar o desafio de conciliar a fama e o sucesso com suas vidas pessoais cada vez mais complicadas. Fonte: Adoro Cinema

PARA REFLETIR

 

E A GRAMÁTICA… COM AS CURIOSIDADES DA LÍNGUA PORTUGUESA

 

 

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