10 policiais assassinados no ES em cinco anos, oito feridos

Profissionais que combatem a criminalidade também são vítimas da violência. Levantamento feito pelo Sindipol/ES mostra que a maioria dos policiais civis mortos estava fora do horário de trabalho.

10 policiais civis foram assassinados nos últimos cinco anos no Espírito Santo; seis em 2013, dois entre 2014 e 2017, e dois em 2018. O primeiro caso de 2018 aconteceu no Sul do estado, em Cachoeiro de Itapemirim. O investigador Elias Borrete foi assassinado no dia 31 de agosto. As investigações apontaram que a esposa do policial civil e o amante dela tramaram a morte do investigador. Em outubro, o policial civil Alessandro Ferrari foi assassinado durante um assalto em Cariacica. Ele tinha acabado de sair da igreja e seguiria para a festa de aniversário de oito anos da filha.

De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol/ES), em cinco anos, além dos profissionais assassinados, oito policiais civis foram feridos trabalhando ou de folga. O Sindipol/ES acredita que o número de policias feridos pode ser muito maior. Para o Sindipol/ES, os casos recentes mostram que os policiais civis sofrem com a mesma violência que atinge toda população.

“Esses fatos trágicos nos deixam indignados e perplexos diante da banalização da vida dos operadores da segurança pública capixaba. Todos os dias os policiais civis correm risco de morte no desempenho da função para proteger a sociedade. É inadmissível que fiquemos apáticos e indiferentes, sem tomarmos nenhuma atitude para mudar essa situação”, disse Jorge Emílio Leal, presidente do Sindipol/ES.

O presidente do Sindipol/ES, Jorge Emílio Leal, que também é especialista em segurança pública, destacou a falta de valorização e de estrutura para os policiais civis.

“Faltam materiais básicos de trabalho, estrutura adequada nas delegacias e até mesmo profissionais para trabalhar. Hoje, o policial civil capixaba ainda utiliza armamento que apresenta defeitos. Como o policial vai proteger a sociedade se não encontra proteção do próprio estado? ”, questionou Jorge Emílio Leal.

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